Passo a Passo viabiz
Bem-vindo a viabiz! Ansioso para saber se o seu negócio vale a pena? Com a viabiz você analisa a viabilidade econômica do seu negócio ou projeto antes de investir tempo, recursos e esforços, e assim toma decisões estratégicas que vão garantir o seu sucesso.
Etapa 1: Cadastrando um novo projeto
Na tela inicial, selecione “Avaliação de projetos e negócios”. Isso vai lhe direcionar para a tela de criação de projetos.
Quando estiver na tela do projeto, clique no botão “Criar projeto”. Isso abrirá em sua tela um pop-up para cadastro do projeto. Neste momento, selecione a categoria do projeto, defina um nome para o projeto, sua data de início e a sua duração. A duração do projeto que você cadastrar, será um dos parâmetros para criação do fluxo de caixa, e calculo de indicadores importantes de viabilidade. A duração do projeto pode ser definida em anos ou meses. Após isso, basta clicar em “Adicionar”.
Etapa 2: Definindo os investimentos do projeto
Na tela de investimentos, você deve definir o nome do investimento que será lançado, o seu valor, os meses de depreciação, caso seja aplicado, e o tipo de investimento, que pode ser inicial ou adicional. Vamos a alguns conceitos importantes:
Investimento inicial
O investimento inicial de um projeto representa o montante de recursos financeiros necessários para iniciar e lançar determinado empreendimento, ideia ou negócio. É o capital necessário para colocar a operação em funcionamento antes mesmo de gerar receitas. Esse investimento compreende uma variedade de despesas que podem incluir:
Investimentos em Ativos Fixos: Como compra de equipamentos, maquinário, mobiliário e instalações.
Investimentos em Capital de Giro: Valor necessário para manter as operações iniciais e cobrir despesas correntes até que o negócio comece a gerar receitas suficientes para cobrir os custos operacionais.
Despesas Pré-Operacionais: Tais como gastos com pesquisa de mercado, desenvolvimento de produtos, consultorias especializadas, entre outros.
Custos de Marketing e Lançamento: Investimento em campanhas de marketing, publicidade, eventos de lançamento ou qualquer atividade que promova o novo negócio.
Determinar o investimento inicial é crucial para o planejamento financeiro e para garantir que haja capital suficiente para iniciar o projeto e mantê-lo funcionando até que comece a gerar receitas e se torne autossustentável. Essa análise costuma ser parte integrante do plano de negócios de uma empresa.
Investimento adicional
O investimento adicional de um projeto se refere a quaisquer aportes financeiros adicionais que são necessários após o início do empreendimento, além do investimento inicial. Esse tipo de investimento pode ser exigido por várias razões:
Expansão do Negócio: Caso haja planos de crescimento, expansão da capacidade produtiva, abertura de novos mercados ou lançamento de novos produtos, pode ser necessário investir mais recursos financeiros.
Atualização Tecnológica: À medida que a tecnologia avança, empresas podem precisar investir para atualizar seus sistemas, equipamentos ou processos para se manterem competitivas.
Atender a Requisitos Legais ou Normativos: Mudanças na legislação, normas regulatórias ou requisitos de conformidade podem demandar investimentos adicionais para adaptar as operações do negócio.
Eventos Inesperados: Situações imprevistas, como crises econômicas, pandemias, desastres naturais ou problemas internos, podem requerer investimentos extras para lidar com essas adversidades.
O investimento adicional é essencialmente o capital suplementar necessário para garantir o crescimento ou a continuidade do negócio, muitas vezes identificado e planejado durante a gestão estratégica e financeira do empreendimento. É parte crucial do planejamento de negócios para garantir que haja recursos disponíveis quando necessário, minimizando surpresas financeiras indesejadas.
Meses de depreciação
Depreciação é a alocação gradual do custo de um ativo tangível ao longo de sua vida útil. Representa a redução do valor de um ativo, como equipamentos, veículos ou prédios, devido ao desgaste, obsolescência ou uso contínuo ao longo do tempo. Esse processo reconhece a desvalorização do ativo e permite que a empresa distribua o custo do bem ao longo de sua vida útil, impactando o lucro líquido e a base tributável, mesmo sem um desembolso real de dinheiro. Essencialmente, reflete a perda de valor do ativo ao longo do tempo e é uma prática contábil importante para refletir a realidade econômica dos ativos da empresa.
O tempo de depreciação de cada classe de ativo pode ser consultado em fontes como manuais de contabilidade, legislação fiscal ou normas contábeis específicas do país em questão. Geralmente, os órgãos reguladores contábeis fornecem orientações sobre os períodos de depreciação para diferentes tipos de ativos. Aqui estão alguns lugares onde você pode encontrar essas informações:
Portal do CFC (Conselho Federal de Contabilidade): O CFC é o órgão regulador contábil no Brasil e pode disponibilizar informações relevantes sobre contabilidade, incluindo depreciação de ativos. O site oficial do CFC (https://cfc.org.br/) pode ter publicações, normas e orientações sobre depreciação.
Portal da Receita Federal do Brasil: A Receita Federal disponibiliza informações sobre tributação e normas fiscais que podem incluir orientações sobre depreciação de ativos. O site oficial da Receita Federal é https://www.gov.br/receitafederal/pt-br.
Etapa 3: Lançando as receitas previstas com seu projeto ou novo negócio
O que são receitas?
Receitas referem-se ao montante total de dinheiro que uma empresa recebe pela venda de bens ou serviços durante um determinado período de tempo. É o valor gerado pelas atividades principais do negócio, representando a entrada de recursos financeiros.
As receitas são fundamentais para uma empresa, pois constituem uma parte crucial da análise financeira e são a base para calcular o lucro líquido. Elas podem vir de diversas fontes, como vendas de produtos, prestação de serviços, aluguéis, juros de investimentos, entre outras operações que geram dinheiro para a empresa.
No contexto contábil, as receitas são reconhecidas quando há a expectativa razoável de que a empresa receberá o valor correspondente em troca dos bens entregues ou serviços prestados, independentemente de quando o pagamento é efetivamente recebido. Elas são registradas no momento da venda ou da prestação do serviço, mesmo que o pagamento ocorra posteriormente.
Como lanças as receitas na plataforma?
Você poderá optar por lançar as receitas do seu projeto de duas formas: Através da Receita média mensal e através da receita mensal detalhada.
A principal diferença aqui é que na Receita média mensal você lançará os valor médios mensais a cada ano. Já na Receita detalhada mensal, você não poderá fazer o lançamento mês a mês, ao invés de um valor médio.
Vamos a um exemplo prático:
Imagine que o estudo de viabilidade está tratando da abertura de uma hamburgueria. Onde, uma das principais fontes de receita é a venda de hambúrgueres. Segundo o estudo realizado para este restaurante a quantidade média de hambúrgueres vendidos mensalmente no primeiro ano será de aproximadamente 900 unidades. Supondo que o ticket médio deste produto seja 40 reais, a receita média mensal seria de R$ 36.000,00. No lançamento do tipo “Receita média mensal” você fará o registro da receita da seguinte forma.
Este mesmo exercício deve ser realizado para os demais anos do negócio.
No mesmo exemplo, porém, utilizando a “Receita mensal detalhada”, você poderá detalhar mês a mês as receitas para a fonte projetada, aqui no exemplo, venda de hambúrgueres.
Etapa 4: Definindo custos
Os custos devem ser lançados em duas categorias. Custos fixos e custos variáveis. Os custos fixos na plataforma são lançados no em uma média mensal para cada ano.
Já os custos variáveis devem ser associados a uma fonte de receita. Vamos a um exemplo prático. Se o seu projeto é o de uma nova hamburgueria, uma de suas fontes de receita será a venda de hambúrgueres. Neste caso, um dos custos variáveis que devem ser lançados é matéria prima para preparação. O % deste custo em relação ao produto deve ser lançado na plataforma, desta forma associado a receita proveniente da venda de hamburgueres.
Exemplo: O ticket médio de um hambúrguer é 40 R$, e o custo dos ingredientes para preparar o hamburguer seja 20R$, o custo variável que deve ser lançado na plataforma é de 50%.
O que são custos fixos?
Custos fixos são despesas empresariais que mantêm um valor constante dentro de determinado período, independentemente da quantidade produzida ou vendida pela empresa. Eles representam os gastos essenciais e não variáveis, como aluguel de instalações, salários administrativos, depreciação de equipamentos e outras despesas que não se alteram mesmo se a produção ou atividade comercial da empresa diminuir ou aumentar. Esses custos são cruciais para a gestão financeira, pois precisam ser cobertos mesmo em períodos de baixa atividade, impactando o ponto de equilíbrio da empresa.
O que são custos variáveis?
Custos variáveis são despesas empresariais que se alteram proporcionalmente à quantidade de produção ou vendas de uma empresa em um determinado período. Eles estão diretamente ligados à atividade operacional e aumentam ou diminuem conforme a produção cresce ou diminui. Exemplos desses custos incluem matéria-prima, mão de obra direta, comissões de vendas e custos de transporte relacionados à quantidade de produtos fabricados ou vendidos. A característica principal dos custos variáveis é sua flutuação conforme a produção ou vendas, impactando diretamente na lucratividade e margem de contribuição da empresa.
Etapa 5: Lançamento de tributos
Fazer um planejamento tributário para um novo negócio ou projeto é crucial para otimizar a carga fiscal e garantir conformidade com as leis. Aqui estão algumas etapas-chave:
Entenda o Negócio: Conheça profundamente o modelo de negócios, atividades e projeções financeiras. Isso ajudará a identificar os tipos de impostos que podem ser aplicáveis.
Escolha do Regime Tributário: No Brasil, as opções mais comuns são Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Cada um tem suas particularidades e impactos fiscais. Avalie qual se encaixa melhor no perfil do seu negócio em termos de faturamento, despesas e expectativas de lucro.
Planejamento de Custos Tributários: Calcule e projete os custos tributários sob diferentes regimes. Considere impostos federais, estaduais e municipais, além de contribuições sociais e taxas.
Estruturação Societária e Contratos: A estrutura societária pode afetar a tributação. Consulte um contador para entender como diferentes formatos (LTDA, S.A., MEI etc.) impactam os impostos. Além disso, certifique-se de que contratos e acordos estão alinhados para evitar contingências tributárias.
Incentivos Fiscais e Benefícios: Esteja atento a programas governamentais, incentivos fiscais regionais ou setoriais que possam reduzir a carga tributária do negócio.
Na plataforma, você define o nome do tributo, sua incidência, por exemplo, se é calculado sobre um ativo, sobre a receita, ou sobre o lucro, e por fim, a alíquota do tributo. Após adicionar o tributo a plataforma fará os devidos cálculos para composição do fluxo de caixa. Simples assim.
Etapa 6: Taxa mínima de atratividade e distribuição da alocação de capital
A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é um conceito financeiro usado em análises de viabilidade de investimentos. Representa a taxa mínima de retorno que um investidor ou empresa exige para considerar um projeto ou investimento como atrativo ou aceitável.
Essa taxa é utilizada para avaliar a rentabilidade de um investimento e é determinada com base no custo de capital da empresa, levando em consideração fatores como o risco associado ao investimento, custo de oportunidade do capital e as metas de retorno do investidor.
Para calcular a TMA você deve definir valores para 5 variáveis:
Percentual capital próprio
Qual percentual do investimento, que financiará o projeto, sairá do seu bolso, ao invés de empréstimos, por exemplo.
Custo do capital próprio
Se seu projeto for utilizar capital próprio, o custo desse capital é o seu custo de oportunidade, ou seja, o quanto você poderia ganhar se investisse esse capital em outro lugar. Se você não possui um valor de custo de capital especifico calculado, utilize a taxa SELIC.
Custo do capital de terceiros
Se seu projeto for utilizar capital de terceiros, como um empréstimo bancário ou um financiamento, utilize a taxa de juros anual desse capital.
Inflação
A inflação é utilizada tanto para o cálculo da TMA quanto para a correção dos fluxos de caixa ao longo do tempo. Utilize o % de inflação que melhor reflete a inflação das receitas e custos do seu projeto.
Risco
Você pode adicionar um fator de risco para ajustar a sua TMA. O % adicionado aqui é somado diretamente a TMA.
Etapa 7: Análise de resultados
Na sessão de análise de resultados você poderá fazer a análise financeiro do seu projeto. É o momento de saber através de indicadores poderosos se o seu novo negócio é viável, e sobre as projeções realizadas, otimizar suas estratégias para o sucesso e também seu processo de tomada de decisão.
Análise do VPL
Se o VPL for positivo, indica que os fluxos de caixa futuros do projeto, trazidos para o valor presente, são maiores do que o investimento inicial. Isso sugere que o projeto pode ser viável e gera valor adicional ao investimento. Se o VPL for zero, os fluxos de caixa são iguais ao investimento inicial, e se for negativo, os fluxos de caixa não conseguem superar o investimento inicial, indicando que o projeto pode não ser viável.
O VPL é uma ferramenta crucial na análise de investimentos, pois considera o valor temporal do dinheiro, permitindo que investidores e empresas tomem decisões mais informadas sobre a alocação de recursos em projetos ou investimentos específicos.
Análise da TIR
A TIR, ou Taxa Interna de Retorno, é uma métrica financeira utilizada para avaliar a rentabilidade de um investimento ou projeto. Ela representa a taxa de desconto que torna o Valor Presente Líquido (VPL) de um projeto igual a zero. Em outras palavras, é a taxa que faz com que os fluxos de caixa futuros de um projeto se igualem ao investimento inicial.
Compare a TIR com a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) ou com outras taxas de referência. Uma TIR superior à TMA geralmente sugere que o projeto é atrativo.
- Se a TIR for maior do que a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) ou a taxa de custo de capital da empresa, geralmente considera-se que o projeto é viável.
- Se a TIR for menor que a TMA, pode indicar que o projeto não é suficientemente rentável para atender às expectativas mínimas de retorno da empresa ou investidor.
- Se a TIR for igual à TMA, o projeto gera exatamente o retorno esperado.
É importante considerar a TIR em conjunto com outras métricas, como o Valor Presente Líquido (VPL), Payback, Margem de Contribuição, entre outros, para obter uma visão mais holística da viabilidade e rentabilidade do projeto. Realizar análises de sensibilidade pode ajudar a compreender como variações nos fluxos de caixa afetam a TIR. Isso permite entender a robustez do projeto em diferentes cenários.
Análise do Payback
O Payback é uma métrica financeira usada para avaliar o tempo necessário para recuperar o investimento inicial realizado em um projeto ou empreendimento. Essa medida pode ser expressa em meses e indica o período de tempo que leva para os fluxos de caixa acumulados a partir das operações cobrirem o investimento inicial. Projetos com Payback em meses menor são considerados mais atrativos, pois indicam uma recuperação mais rápida do investimento.
Análise do Fluxo de caixa
Analisar o fluxo de caixa de um novo negócio é essencial, pois fornece uma visão detalhada e contínua das entradas e saídas de dinheiro desde o início das operações. Isso permite uma gestão financeira eficaz, ajudando a controlar os recursos disponíveis, prever necessidades de capital, tomar decisões estratégicas embasadas em dados concretos e avaliar a viabilidade financeira do empreendimento. Além disso, essa análise contínua auxilia na identificação precoce de possíveis desafios financeiros, possibilitando ajustes e planejamentos para garantir a estabilidade e o crescimento sustentável do novo negócio.